sexta-feira, 31 de outubro de 2008

SEJA FEITA A BIENAL DA NOSSA VONTADE

Leio no site do ESTADAO que picharam uma parte do prédio da Bienal de São Paulo. Vi, pelos telejornais, uma guria sendo presa enquanto gritava que é uma artista. Em tempos de Paulo Coelho na Academia Brasileira de Letras e Arnaldo Jabouru cronicando, até pode ser. Tudo é tudo e nada é nada, com diria o Síndico.
Cada um, por mais ou menos míope que seja, tem sua visão de mundo. A minha me leva a crer, entre outras poucas crenças, que uma cidade sempre está da maneira que gostamos que ela esteja. Por mais limpa e arrumada ou suja e bagunçada que esteja.
A invasão pichadora à BIENAL de São Paulo tem tudo a ver com a maneira pela qual os paulistanos gostam de sua cidade. A primeira vez que passei pela Marginal do Rio Tietê foi em 67, se não me engano. De lá pra cá, seu aroma característico só tem se acentuado e sua massa pseudolíquida cada vez é mais pastosa. Neste 26/10/2008, talvez a Bienal tenha começado a tomar o mesmo destino do Tietê, que já foi rio. Aliás, não faz muito tempo que o
MASP ficou fechado por falta de pagamento da energia elétrica. Assim, como desejam os paulistanos, a parede da Bienal é apenas mais um muro qualquer. Afinal, há mesmo diferença entre ela e as paredes de dos prédios devidamente decorados pela moçada do spray?
Dizem por aí que se cada um limpar sua casa e sua calçada toda a cidade será limpa. Porém, antes de iniciarmos as vassouradas, sempre projetamos a cidade que queremos.
Que Florianópolis queremos?
Com a palavra...


Ps.: por increça que parível (com diz alguém lá de Cosmo), para alguns pedagogos e secretários de educação, a frase pichada não impediria que o piloto do spray fosse promovido à série letiva subseqüente; sobre este milagre educacional, sugiro a leitura do artigo
PROGRESSÃO CONTINUADA OU PROMOÇÃO AUTOMÁTICA? , de Angélica Lourenço Pinto.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

ESTA BANDA NÃO É MOLE!


PEDÁGIO DO BRINQUEDO 2008

É a campanha que a RBS TV, apoiada na solidariedade da comunidade catarinense, está desenvolvendo com o objetivo de arrecadar brinquedos que serão distribuídos no Natal. A campanha iniciou-se em 25 de outubro e vai até 10 de dezembro e ocorrerá em todo o Estado. A meta é conseguir 200.000 brinquedos, sendo 60.000 na Região Metropolitana. O destino das doações são as crianças carentes atendidas através dos Centros Educacionais Infantis, cadastrados nas Secretarias Municipais de Educação de SC. Postos de coleta na Região Metropolitana: CDL (Clube dos Dirigentes Lojistas), Corpo de Bombeiros, Rádio Grupo Litoral PX, Uni-Yôga, Jornal Diário Catarinense, RBS TV Florianópolis e São José. Há muitas crianças esperando ganhar um presentinho nesse Natal. Participe!

BRINQUEDO PARADO NÃO TEM GRAÇA. DÊ UMA NOVA VIDA A ELE!

Melhores informações: campanhas@rbstv.com.br

terça-feira, 28 de outubro de 2008

ANARQUIA NÃO É BAGUNÇA!


Este video, produção da ELETRONS BEAN RECORDS, trata da caminhada anarcológica ocorrida no dia 04 de outubro, véspera das eleições municipais de Maringá-PR. Também poderia ser aqui ou acolá.

BOA SORTE, PREFEITO!


Enfim, encerrou-se a fase de votação do processo eleitoral. Este dura enquanto houver a chamada democracia representativa e a obrigatoriedade, ou possibilidade, do voto. Como é a que temos, o melhor é dela participarmos, cada um segundo suas possibilidades, crenças ou vontades.
Assim como todas as cidades brasileiras, também a nossa terá um novo prefeito. Porque, mesmo que reeleito, como nada se repete (sua benção, Pai Heráclito), enfrentará novos desafios já que a cidade transforma-se a cada dia e as relações de poder, que interferem nos trabalhos do Poder Executivo, também serão outras.
Enquanto moradores da cidade, eleitores ou não, cabe-nos acompanhar o trabalho da administração municipal, colaborando com críticas ou sugestões, pois O PITAQUENTO não acredita que reclamações resolvam problemas.
Vamos lá que, mais do que o Cazuza acreditava, o tempo não pára, atropela.
Boa sorte pra nós todos!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

DE GRÁTIS DOIS: EU NÃO TENHO MEDO


CINEARTH APRESENTA: EU NÃO TENHO MEDO

O filme Eu Não Tenho Medo narra o encontro entre dois garotos de vivências distintas, que conseguem conciliar as diferenças e ajudar um ao outro. Concorreu ao Urso de Ouro no Festival de Berlim e à estatueta de melhor filme estrangeiro no Oscar de 2003. É cinema que ultrapassa o discurso e sensibiliza o coração

Direção: Gabriele Salvatores, ITA/ESP/ING, 2003

Comentadoras: Fátima Lima(Cinema e Cênicas) e Cleudes Slongo(Escola Brasileira de Psicanalista)

LOCAL: Museu da Escola Catarinense (antiga FAED), R. Saldanha Marinho, 196, Centro.
DATA: sábado, 25/10 – 18 h.
Entrada Franca
Apoio: CA de pedagogia e educação infantil -UDESC e MUSEU DA ESCOLA CATARINENSE

DE GRÁTIS UM: ENCONTRO COM MILTON SANTOS

A Associação de Moradores da Praia das Areias – AMPA,
Rádio Campeche e Brigada Mitico, convidam para a exibição de documentário seguido de debate:

ENCONTRO COM MILTON SANTOS:
A GLOBALIZAÇÃO VISTA DO LADO DE CÁ

O filme, dirigido por
Sílvio Tendler, aborda o tema da globalização sob a perspectiva das periferias de cidades, países e continentes, tendo como base uma entrevista feita com o geógrafo Milton Santos, em janeiro de 2001, poucos meses antes de sua morte, ocorrida em junho do mesmo ano.
O estudo da globalização traz à tona questões fundamentais sobre a discussão das fronteiras abertas para o mercado e fechadas para as pessoas, a supremacia das grandes empresas e a influência direta dessas grandes corporações na construção do espaço, espaço este que é desfrutado pelo povo, que tem pouco poder para optar pelo destino deste espaço e lugar. Os levantes culturais e a busca pela justiça social, a reforma agrária no Brasil, a questão da água enquanto bem público pertencente ao lugar e, portanto, ao homem e tantos outros assuntos…

Data: 25 de outubro
Local: AMPA
Hora: 17 horas

Próximo filme: Narradores de Javé / Dia 22/11, às 17 horas, na AMPA

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

BARCA DOS LIVROS - PROGRAMAÇÃO


MAPA DAS LINHAS SUGERIDAS

Aí vai uma tentativa de traçar as linhas de ônibus que sugeri na postagem passada.
Com a palavra...

CONVITE AOS CANDIDATOS A PREFEITO DE FLORIANÓPOLIS


Sou morador da Lagoa, utilizo o transporte coletivo e tenho dificuldades, assim como outras pessoas, em chegar aos locais onde me dirijo. Convido o candidato, seus assessores e simpatizantes a visitarem o blog O PITAQUENTO (
www.pitaquento.blogspot.com ), onde postei uma sugestão de criação de linhas de ônibus, semelhantes às que circundam o Maciço do Morro da Cruz, unindo a Lagoa ao Norte da Ilha e a Lagoa ao Campeche. Serão linhas diferentes das que temos hoje em dia e bem mais abrangentes, na minha opinião.
Por favor, comentem à vontade.
Ats.
Shasça

Ps.: encaminhei este convite aos candidatos
Dário Berguer e Esperidião Amin (em ordem alfabética) através dos seus sites / blogs.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

SUGESTÃO CIRCULATÓRIA


Nem é uma sugestão
sui generis. Apenas uma espécie de cópia do que já existe. Até por isto, muito provavelmente, nem implicará em aumento dos custos constantes da planilha tão discutida quando pr ocasião da quase greve de uns meses atrás. Refiro-me ao movimento reivindicatório dos empregados no sistema de transporte coletivo de Florianópolis.
Vamos lá! Hoje, temos quatro linhas de ônibus que, honrando seu destino, circulam o Maciço do Morro da Cruz: VOLTA AO MORRO CARVOEIRA, VOLTA AO MORRO PANTANAL, subdivididas em SAÍDA SUL e SAÍDA NORTE. Talvez, por pela suas múltiplas possibilidades de percurso, sejam as mais importantes no interior da Ilha de Santa Catarina. Oferecem, por exemplo, 04 alternativas para tomar um ônibus nas proximidades da UFSC com destino ao centro ou, ainda, 04 alternativas para se chegar à Rua Lauro Linhares ou Mauro Ramos.
Pois bem. E se tivéssemos linhas semelhantes dando voltas no espinhaço que separa os lados Leste e Oeste da ilha, sendo:
a) VOLTA À LAGOA NORTE SAÍDA OESTE (ou outro nome), fazendo o trajeto TILAG - TRITI – TISAN – TICAN – Ingleses - Rio Vermelho - Barra da Lagoa - TILAG. Assim como acontece em torno do Maciço da Cruz, uma linha SAÍDA LESTE, fazendo o sentido inverso.
b) VOLTA À LAGOA SUL SAÍDA OESTE, fazendo o trajeto TILAG – CÓRREGO GRANDE – UFSC - PANTANAL - COSTEIRA – TRIRIO – OSNI ORTIGA – TILAG. Da mesma forma uma linha SAÍDA LESTE, fazendo o sentido contrário.
Com veículos minimamente confortáveis e vários horários (inclusive, noturnos), creio que poderiam ser forte incentivo a deixar o carro na garagem e utilizar o transporte coletivo de massa. Principalmente, em tempos de Lei Seca combinada com verão e praia. Além de, claro, facilitar a vida dos que já dependem do sistema, hoje em dia.
Seria a concretização daquele clássico aforismo: TUDO NESTA VIDA É PASSAGEIRO, MENOS O MOTORISTA, O COBRADOR E O FISCAL.
Com a palavra...

domingo, 19 de outubro de 2008

ADRIANA APRESENTA O VENTRE QUE DANÇA


DA IMPENETRABILIDADE DOS CORPOS

Reza o Princípio de Arquimedes, que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo. Ao circularmos por Florianópolis, algo salta aos olhos: a dificuldade de circular em boa parte do dia. Falo da circulação de veículos motorizados ou não e de seus passageiros e/ou condutores. E o que tem a ver isto com aquilo?
Como a construção de um elevado, ou qualquer outro tipo de acesso, pode tornar menos lento o fluxo de veículos na Av. Beiramar, se quase toda sua extensão costuma ficar congestionada, conforme o horário?

Algumas vezes, e pode até ser apenas impressão, a fila compacta de rodas chega a subir o morro da Lagoa e estender-se pelas Rendeiras até à Barra. O que pode acontecer, no máximo, é o tal veículo chegar mais rapidamente ao engarrafamento.
Entre sentadas e em pé (LIVRES DO USO DO CINTO DE SEGURANÇA), um ônibus costuma levar cerca de 100 pessoas. Caso estes confortáveis passageiros pudessem, mais da metade enfrentaria o engarrafamento no próprio automóvel. Seria, no mínimo, o acréscimo de mais 50 automóveis por cada ônibus tentando circular.
Faz parte das propostas dos candidatos à Prefeitura de Florianópolis, além de elevados, a construção de corredor para ônibus na Av. Beiramar. Teríamos uma “rua” só para ônibus, sem semáforos e sem cruzamentos, Claro que esta é a maneira mais rápida de minimizar o problema, pois ao contrário do que acontece hoje em dia, os motoristas solitários sentiriam inveja dos felizes passageiros dos “latões" (carinhoso epíteto cunhado pelo povo) circulando sossegados, curtindo a beleza da Baía Norte.
Então, por que não dar início a esta obra imediatamente, já que não foi levada à execução até hoje? Caso o atual Prefeito vença o segundo turno, iniciaria o segundo mandato com a obra já em construção. Caso o outro candidato fosse vencedor, era só tocar a obra em frente. E todos ganharíamos.
Com a palavra...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

ELEVEMO-NOS!



Quem conhece São Paulo já deve ter desfrutado o prazer de curtir o efeito embelezador do MINHOCÃO, menos conhecido como Elevado Costa e Silva, uma rara jóia do urbanismo nacional.
Considerando os programas eleitorais dos candidatos e suas propostas para a solução da circulação de automóveis pela Ilha (e não, das pessoas), a foto acima nos apresenta uma pré-visão da paisagem que nos espera.
Terá dois efeitos benéficos: num dia de chuva, como o de hoje, oferecerá proteção aos sub-caminhantes; num dia de sol, coisa rara nesta primavera, oferecerá bela sombra. Além do mais, pra quê olhar pro céu?
Já que gostamos tanto de importar soluções, que tal observar melhor os canais de Veneza?
Com a palavra...

Ps.: imagem emprestada de
Thomas Locke Hobbs

CINEMA DE GRÁTIS: OS ESQUECIDOS

CINEARTH APRESENTA:: OS ESQUECIDOS

Lançado em 1950, Os Esquecidos (*Los Olvidados*, no original) é a primeiraobra-prima da fase mexicana do diretor espanhol Luis Buñuel. Rodado no subúrbio da Cidade do México. Nesta película, Buñuel retrata o cotidiano de um grupo de jovens delinqüentes, entre eles Jaibo, recém fugido do reformatório, e Pedro, um garoto rejeitado pela mãe que acaba se envolvendo em um assassinato. O filme é o registro realista de uma população de extrema miséria. Buñuel recebeu prêmio em Cannes, logo depois do lançamento. E, no Festival de 2004, foi restaurado e apresentado com um dos pontos altos da fase do diretor, durante o exílio mexicano, fugindo do ditador Franco, na Espanha.Los Olvidados é considerado uma obra-prima, entre os 19 filmes que Buñuel fez no México. Além de O Cão Andaluz e O Discreto Charme da Burguesia.

Comentadores: Jair Fonseca (Cinema) e Eliete Wolf(psicóloga e educadora)

Quando?!
Dia 18 de outubro – 18 h.
Onde?!
Museu da Escola Catarinense (antiga FAED), R. Saldanha Marinho, 196, Centro.
Quanto?!
De grátis!


Apoio: UDESC e MUSEU DA ESCOLA CATARINENSE
Maiores informações pelo e-mail: sarahnogueiraster@gmail.com

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

DE NOVO, O CINTO

Deu no G1, portal de notícias do http://www.globo.com/ :
Ônibus tomba e fere 27 pessoas na Zona Oeste

“O cinto?! Sinto muito...”
Esta deve ter sido a resposta àqueles vitimados neste, e noutro acidentes envolvendo ônibus, tenham se lembrado da segurança que o cinto da mesma oferece. E, praticamente, nenhum eleito ou eleitor preocupa-se com isto. Nem mesmo quando o próprio, ou algum parente, é uma das vítimas.

No http://www.estradas.com.br/ é possível ler:
“Em março deste ano, o tombamento de um ônibus, deixou 14 mortos e 26 feridos. Apenas o motorista, que usava cinto, saiu ileso. Passageiros foram arremessados para fora do veículo, outros projetados internamente. A carroceria ficou relativamente em boas condições. Provavelmente, se todos estivessem com cinto o número de vítimas seria muito menor.”
Este é um trecho do artigo “
Cinto de segurança no ônibus - Bom negócio para todos”.
Até quando?
Algum jornalista, em algum dos debates envolvendocandidatos a prefeito, lembrar-se-á de colocar esta questão?
Com a palavra...

CINEMA DE GRAÇA: A DIOS MOMO

O CINEARTH apresenta sessão especial de cinema no DIA DOS PROFESSORES:

A DIOS MOMO – 2006 – 108 m - legendas em inglês, áudio em espanhol. Pela segunda vez em Floripa (a primeira foi no FAM/2007)

Filme de Leonardo Ricagni (Uruguay), com Mathias Acuña e Carmem Abella O filme A DIOS MOMO aborda as desventuras do garoto Obdulio (Mathias Acuña), um vendedor de jornais analfabeto que vive com a avó (Carmen Abella), uma beata que passa os dias orando e guardando suas economias para comprar uniformes escolares para suas netas.

Numa noite de carnaval, Obdulio se depara com uma misteriosa figura: um vigia noturno que se tornará seu mentor e lhe abrirá a janela à educação e o guiará em direção ao verdadeiro significado da vida, ensinando-o as letras dos blocos carnavalescos durante o reinado do Deus Momo.Com A DIOS MOMO, Ricagni define com maestria sua notória admiração por Federico Fellini e Emir Kusturica, ao mesclar sonho e realidade. Ao definir um traço para seus personagens, a partir de nomes que têm um poder simbólico muito forte e de uma direção de arte igualmente expressiva, Ricagni constrói criaturas extremamente fantasiosas.

Após o filme, debate com Eliane Lisboa (dramaturga/jornalista) e a escritora Eglê Malheiros.
Quando?! Dia 15 de outubro (Dia do professor e da professora), às 19 horas

Onde?! MUSEU DA ESCOLA, Rua Saldanha Marinho, 196 (antiga FAED)

ENTRADA FRANCA

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

AINDA O VOTO NULO

O objetivo do blog é, mesmo que pretensiosamente, colaborar para a melhoria das nossas condições de vida. Entretanto, como o tema VOTO NULO parece ser o que mais despertou comentários, explicito, basicamente, minha posição: sou contra a obrigatoriedade do voto, porém não concordo com a proposta do voto nulo. Esclareço que, pra mim, não concordar não quer dizer ser contra.
Não concordo pelo simples motivo dele colaborar para a manutenção da situação cujos defensores questionam, qual seja, o atual regime político de representação social.
Sei que muitos não concordam comigo. Isto é bom. A vida só avança por meio das discordâncias: se boa parte de nós mora em casa é porque, em algum momento da História, um desobediente social correu a se esconder nalguma caverna. Não fosse este dito cujo, pedreiros e carpinteiros, entre outros, amargariam triste desemprego.
Portanto, escolham bem seu candidato pois, este é um pitaco seriíssimo que vai durar, no mínimo, 4 anos. E, como dizem lá no interior, chorar o leite derramado só aumenta a água.
Com a palavra...

A HISTÓRIA DAS COISAS

Divido convosco este vídeo bacana e sério que meu irmão Ion apresentou-me.
Invistam um pouquinho do seu tempo e, creiam, vão gostar. Claro que também há os que não vão querer entender e, por isto mesmo, não vão gostar.
Ainda assim, fica a sugestão: discuta a respeito com quem estiver próximo ou distante, seja lá quem for.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

CINEARTH NO MUSEU - MOSTRA OUTRAS INFÂNCIAS

O CINEARTH promove e a entrada é FRANCA!!!

Pierre Morhange (Jacques Perrin) é um famoso maestro que retorna à sua cidade-natal ao saber do falecimento de sua mãe. Lá ele encontra um diário mantido por seu antigo professor de música, Clémente Mathieu (Gérard Jugnot), através do qual passa a relembrar sua própria infância. Mais exatamente a década de 40, quando passou a participar de um coro organizado pelo professor, que terminou por revelar seus dotes musicais. Filme que fala da sensibilidade e do humanismo de um professor de um reformatório no interior da França, que mesmo no contexto de uma pedagogia disciplinadora e estigmatizante, utiliza-se da musica como instrumento de resistência e de humanização o de seus alunos.
Comentadores: Jefferson Dantas (historiador, educador e membro do grupo de Educação do Fórum do Maciço do Morro da Cruz, Florianópolis - SC (UFSC) e Lourival Martins ( Educador), coordenador do Grupo de Educação Infantil UDESC)

FICHA TÉCNICA
Título Original: Les Choristes
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 95 minutos
Direção: Christophe Barratier
Roteiro: Christophe Barratier e Philippe Lopes-Curval
Produção: Arthur Cohn, Nicolas Mauvernay e Jacques Perrin
Música: Bruno Coulais

QUARTA FEIRA, 8 DE OUTUBRO às 18:30 horas.
Auditório do Museu da Escola Catarinense (antiga FAED)
Saldanha Marinho, 196 - Centro

terça-feira, 7 de outubro de 2008

VOTAR NULO É NULIDADE?

Depois do sucedido em Jaci – SP, como fica a tese de que se os votos nulos forem em quantidade maior que os votos válidos a eleição, ou a votação, é anulada?
Agora que teremos segundo turno, pode ser interessante refletir sobre isto. Há quem acredite que toda forma de participar vale a pena. Eu acredito que nada vale a pena porque, para mim, pena é castigo. Castigo é imposição e não vejo como participação estar numa situação imposta.
Enfim, qual será o argumento da CAMPANHA PRÓ-VOTO NULO, a partir deste 05/10/08?
Com a palavra...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

VOTO NULO?!

Terminal Central de Florianópolis. Canteiro-passarela entre as avenidas. Entre vendedores de isto e mais aquilo, bandeiras multicores disputam o eleitor, pano a pano, enquanto distribuidores de “santinhos” desenvolvem seu trabalho de formiguinha, por este ou aquele motivo: a tradicional batalha entre cabos eleitorais.
Lá perto das entradas para as plataformas de onde saem os ônibus, vi, pela primeira vez na vida, um grupo de anti-cabos eleitorais empenhados numa descampanha pelo VOTO NULO. Nenhum destes exibia sinais de serem prejudicados pela propalada “ausência do Estado”. Todos saudáveis e bem vestidos. Inclusive com camisetas personalizadas e pacotes de panfletos.
Nunca imaginei que alguém, ou um grupo, fosse investir seus preciosos tempo & dinheiro num movimento destes. Entendo, pra citar um intelectual famoso, o Carlos Heitor Cony dizer que não vota, mas não compreendo porque ele reclama dos ocupantes de cargos políticos. Quem se cala, voluntariamente, consente e a voto é o momento da fala.
A democrática cena me trouxe algumas questões:
- afirmam que, sendo a quantidade de VOTOS NULOS superior a 50%, a Lei reza que haverá nova eleição, quem garante que os novos candidatos serão os mais adequados?
- a quem interessa o VOTO NULO?
- quem terá bancado os custos com o material (camisetas e folders) desta anticampanha?
No site
QUATRO CANTOS tem uma página interessante sobre o mito do VOTO NULO, incluindo citações de legislações pertinentes. Também o site VOTO CONSCIENTE procura elucidar a questão.
Com a palavra...


Ps.: sou, há muito tempo, favorável à desobrigatoriedade do voto.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

CINEMA, CHÁ & CULTURA

Cinema, Chá & Cultura, promovido pela Fundação Cultural BADESC e Cultura Inglesa de Florianópolis, terá início no dia 3 de outubro (sexta-feira). Trata-se de um projeto a ser desenvolvido por meio de um evento mensal, com exibição de filmes relativos à cultura inglesa e à adaptação de obra literária para o cinema. Além da exibição, no auditório da Fundação BADESC (usando o suporte do DVD), sempre haverá uma conversa sobre o filme, durante a qual os participantes poderão tomar uma xícara de chá (inglês) nas dependências do belo espaço da Fundação BADESC.
A atividade começa às 18 horas e é gratuita e aberta a interessados em cinema, teatro, chá, textos, sabores, conversas...enfim, várias coisas que, em meio a tantas outras, fazem parte do que chamamos de cultura. Para a primeira sessão, foi escolhido o filme Titus (J. Taymor, 1999, falado em inglês com legendas em português), uma adaptação da tragédia Titus Andronicus, de Shakespeare. Como debatedor, o convidado é o Professor Dr. José Ronaldo Faleiro, titular do curso de Artes Cênicas da Universidade do Estado de Santa Catarina e um entusiasta das obras de William Shakespeare e Julie Taymor.
Para os idealizadores da atividade, Professores Anelise Corseuil, Brígida de Miranda, Leon de Paula e Maria Cecília Coelho, será uma oportunidade de assistir a filmes variados e dialogar sobre as relações entre literatura e cinema, principalmente a literatura dramática.Titus foi a estréia no cinema da americana Julie Taymor, que também adaptou o roteiro (ela já havia montado a peça em 1994). Posteriormente Taymor dirigiu Frida e Across The Universe (sobre a música dos Beatles), e atualmente termina A Tempestade. Famosa pela montagem de Rei Leão (na Broadway), a aclamada diretora usou como cenário de seu Shakespeare regiões da Itália e Croácia e escolheu Dante Ferretti para direção de arte e Milena Canonero para figurino (indicado ao Oscar).
Titus é protagonizado por Anthony Hopkins e tem ainda no elenco Jessica Lange (Tamora), Laura Fraser (Lavinia), Harry Lennix (Aaron), Jonathan Myers (Chiron), Matthew Myers (Demétrius), Alan Cumming (Saturnius) e Angus MacFadyen (Lucius), dentre outros. Texto, atuações, cenários, fotografia, figurinos fazem dos 160 minutos de projeção uma interessante experiência estética.


Informações:
Fundação BADESC: Rua Visconde de Ouro Preto, 216 - Florianópolis - 3224-8846 fundacaocultural@badesc.gov.br
Cultura Inglesa: Rua Rafael Bandeira, 335 -Florianópolis- 3224-2696 recepcaofln@culturainglesa-sc.com.br

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

NO CAMINHO DO MIRAMAR

Às vezes, quando caminho pelas ruas de Floripa vem-me uma pergunta: que atributo deve ter um casarão (ou casebre), uma praça ou uma esquina párea que mereça ser tratada como patrimônio histórico-social? A mesma pergunta já me incomodou em outros lugares: Ouro Preto, Salvador, Rio Grande, Campinas, entre outros.
Numa das esquinas da Cons. Mafra, próximo à Prefeitura há-havia um casarão desabando em slow-motion. Depois de muitas reclamações, desde o risco de cair em cima de alguém até a acusação de servir de moradia para desocupados e outros marginalizados, embrulharam-no num tapume. Como de um casulo sai uma borboleta, provavelmente, dali surgirá um belo gaveteiro de luxo. Lamentavelmente, não é caso único. Eiras e beiras continuam transformando-se em harmônica plantação de cômodas, destino de quase todas as cidades que crescem.
Não se trata, aqui, de responsabilizar esta ou aquela administração. O casarão da Cons. Mafra está neste processo de desmanche memorial de há muito tempo. Isto, claro, se já não estiver no chão de vez, pois faz algum tempo que não passo por lá. Aliás, torço para que tenha sido restaurado. A questão continua sendo: o que é preciso para que estes imóveis sejam vistos como documentos vivos da cidade, merecedores de carinho e atenção dos seus habitantes? Até quando o
Miramar será transformado naquele canteiro de colunas tristes? Até quando o Senadinho será transformado em Sei-lá-o-quê?