terça-feira, 25 de novembro de 2008

A CAUSA DAS TRAGÉDIAS


A causa das tragédias é sempre humana.
Minha recordação mais antiga de inundação é de 1959. Tinha, à época, quatro anos de idade e morava em Belo Horizonte – MG. O Ribeirão Arruda, que corta a cidade, alagava tudo e suas águas arrastavam tudo em seu caminho. De lá pra cá, mudaram-se vereadores, prefeitos e governadores; nasceram e morreram milhares de eleitores, pelos mais diferentes motivos, sendo alguns pelas águas do dito córrego. Também mudaram a cor e o modelo dos móveis flutuantes nas águas revoltas. No mais...
A cultura judaico-cristã (por favor, não confundam com sentimento religioso) só permite o “mea culpa” em termos do relacionamento com o místico. Nosso comportamento quase nunca é objeto de reflexão. Não gostamos se incomodações internas.
Muito antes das chuvas que, por cerca de quatro meses, têm caído sobre boa parte de Santa Catarina, as pessoas menos desavisadas já sabiam que desmatamentos provocam enchentes, que vales e várzeas são o natural caminho das águas e que a Lei da Gravidade também atua sobre encostas habitadas ou beirando estradas. O que foi feito em relação ao estilo de planejamento da ocupação e uso do solo lá em Belo Horizonte pós-59, no Vale do Itajaí pós-83 (por exemplo) e em quase todo o país desde então? O que foi feito para que os profundos cortes em morros não se transformem em inesperados aterramentos de estradas e pessoas? Praticamente nada, como o sabemos.
A atual tragédia repetir-se-á? Muito provavelmente, sim.
A não ser que nós, moradores de áreas de risco ou não, reflitamos sobre o que temos escolhido em termos de políticas públicas e solicitemos de governantes e legisladores, qualquer que seja o partido, um outro estilo de administrar nosso viver. Porque a responsabilidade por tragédias como a que vivemos no momento é dos que escolhem, não dos escolhidos. Principalmente, por causa do que solicitamos da parte destes.
Com a palavra, os que ainda podem usá-la. Caso queiram, é claro!
E boa sorte pra nós todos!

Ps.: a foto foi emprestada do site oficial do
STAMMTISCH e retrata a enchente de 1911, em Blumenau - SC

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

HÁ CONSCIÊNCIA NEGRA?


Da lavra de Cruz e Souza (1861 - 1898):

25 DE MARÇO

(Recife, 1885)
Em Pernambuco para o Ceará
Bem como uma cabeça inteiramente nua
De sonhos e pensar, de arroubos e de luzes,
O sol de surpreso esconde-se, recua,
Na órbita traçada - de fogo dos obuses.

Da enérgica batalha estóica do Direito
Desaba a escravatura - a lei cujos fossos
Se ergue a consciência - e a onda em mil destroços
Resvala e tomba e cai o branco preconceito.

E o Novo Continente, ao largo e grande esforço
De gerações de heróis - presentes pelo dorso
À rubra luz da glória - enquanto voa e zumbe.

O inseto do terror, a treva que amortalha,
As lágrimas do Rei e os bravos da canalha,
O velho escravagismo estéril que sucumbe.


Ps. 1 – poema extraído do site http://www.cruzesousa.com.br/
Ps. 2 – a foto é emprestada do site VIDAS LUSÓFONAS, onde há uma biografia de Cruz e Souza, de autoria de Marise Soares Hansen, narrando um interessante encontro.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

PRA AMENIZAR A DENGOSIDADE ANUNCIADA


Tratamento do inseto
(Jorge Mautner)


Uns transmitem malária
Outros outras doenças
Mas há uma política de agrotóxicos
Pelo ar

Cada inseto tem um neto
Tataraneto de outro inseto
De acordo com uma lei estabelecida
De driblar sempre a morte
Com a vida
Cada neto de outro inseto
Fica mais forte
Tomando inseticida

Ele havia nascido de um pântano qualquer
Um belo dia pousou em cima das páginas

Do filósofo alemão Nietzsche
Onde o filósofo diz que:

“Os fortes quando tomam veneno
O veneno só os torna mais fortes.”
Ah! Olhou para aquela bela lata de DDT à sua frente
E tomou todo o seu conteúdo num só gole
Neste dia estouraram-se os neurônios
E eis que nasceu o primeiro super-mosquito
De todas as gerações
E ele me manda este recado para vocês:
“Canalhas seres humanos, arrependei-vos!
Vós sereis julgados pelo

Tribunal Popular da Frente de Libertação Nacional e Universal dos Mosquitos
Sob o meu comando
Acusados de massacres, torturas
E cruéis assassinatos
De milhares de bebês-mosquitos,
Mulheres-grávidas mosquitos,
Anciãos-mosquitos...
Canalhas, arrependei-vos!
É chegada a vigésima quinta hora!
Ouvi falar que uma pulga e um piolho
Estão no mesmo caminho!”
− Mãe, mãe!

Olha o céu de Araraquara
Tá preto de mosquito!
Eu tô com medo, mãe!−
“Canalhas! Arrependei-vos!!!"


Ps. 1 – procurei o vídeo e, lamentavelmente, não o encontrei; segue a letra da canção do Mautner que no blog
Idéias e Algo +
Ps. 2 – a música pode ser ouvida em
ARQUIVO DO ROCK BRASILEIRO
Ps. 3 – aceito, com prazer, indicação de onde encontrar o vídeo.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A QUE HORAS SAI O VÔO DAS DEZ?!


Leio no DIÁRIO CATARINENSE, via internet, que a
ampliação do Aeroporto Hercílio Luz foi adiada para 2012. Também leio que
“Há pelo menos três anos, o aeroporto da Capital opera além de sua capacidade. Em 2007, o limite de 980 mil passageiros foi superado em 100%. Neste ano, a projeção é que 2,2 milhões de passageiros passem pelo terminal.”
Todos sabemos das dificuldades em se dirigir ou retornar da região sul da Ilha. Aliás, como todos, autoridades inclusive, reconhecem, não é fácil locomover-se em direção às suas outras regiões.
Este adiamento não é uma bela e santa catarinense oportunidade para se refletir sobre as possibilidades da construção de um moderno aeroporto no continente?
Com a palavra...

Ps. A foto é emprestada da mesma edição do DIÁRIO CATARINENSE.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

DENGUE X SANEAMENTO BÁSICO


Agora, pela manhã, assisto duas entrevistas num telejornal regional de Santa Catarina:

Na primeira, o entrevistado é partícipe de um evento organizado pela ASSEMAE SC (Associação das Empresas Municipais de saneamento, que discutirá problemas no saneamento básico e, creio eu, apontará propostas para resolvê-los. Até porque a razão da existência de um problema é a busca da sua solução. O tal evento,
II Encontro Estadual de Cooperação Técnica em Saneamento Ambiental, acontece em Florianópolis, começou ontem e vai até amanhã, 14/11, no Hotel Cambirela.

Na segunda, alguém da área responsável pelo combate à DENGUE, pela Secretaria Estadual de Saúde, tece os comentários de sempre: “está chovendo muito”, “no verão o mosquito tem melhores condições de proliferação”, “precisamos eliminar os CRIADOUROS”, “Santa Catarina ainda (este ainda é de minha lavra) é o único Estado brasileiro que não tem casos de dengue”...

Não vai, aqui, nenhuma acusação ao Estado que escolho para tocar minha vida e, por isto mesmo, o que mais me interessa ver melhor a cada dia. Quero apenas colocar uma questão:
- Quantas pessoas ligadas ao combate à DENGUE comparecerão ao citado evento?
Com a palavra...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

DENGUE TIPO ASSIM


No programa BRASÍLIA AO VIVO (canal RECORDNEWS, 11/11/08) apresentado por Cristina Lemos, vejo o Sr. Fabiano Pimenta, do Ministério da Saúde, explicando quais as providências que estão sendo tomadas em relação ao flagelo dengoso, mais conhecido com
A DENGUE. Fico atento, pois ainda acredito que, um dia, verei uma tomada de atitude no sentido de resolver o problema. Qual o quê... Apenas a gravata (por sinal, bem bacana) é diferente.
Há mais de 20 anos acompanho, quando está para chegar o verão, a mesma ladainha: aquele exército de cavaleiros mosquitantes borrifando veneno nos pratinhos dos xaxins, pneus velhos, tampando a caixa d’água e outras iniqüidades do tipo. E, até onde sei, o papo é o mesmo nas instâncias municipais, estaduais e acadêmicas:
ELIMINAR OS CRIADOUROS!!!
Eu cá, que não consegui ser forte o suficiente para continuar o curso de História, fico a imaginar: quando será que começarão a se interessar pelas condições nas quais os CRIADOUROS são criados? como surgem? por que continuam a existir e aumentar? há, na ignara população, uma deliberada escolha pelo suicídio lento, gradual e coletivo?
Participo da tese (não-acadêmica, é claro) de que problemas como, por exemplo, saúde, educação e segurança públicas somente serão resolvidos quando for identificada a maneira como o PÚBLICO enxerga estas questões. É um trabalho que exige a presença de sociólogos, historiadores e antropólogos (desde que não-viajantes) junto aos técnicos sanitaristas. Ou, então, que estes estudem um tanto daquelas ciências humanas.
Em sã consciência, respondam (para vocês mesmos, no caso dos tímidos) a estas simples questões:
- Por que alguém que vê o esgoto escorrendo pela rua onde mora, terrenos baldios cheios de lixo, pátios de órgãos públicos lotados de “criadouros”, pré-vistas inundações anuais e praias com eternos cartazes de impróprias vai se preocupar com isto?
- Por que alguém que carrega, no lombo, a água pra fazer o dicumê, quando tem onde buscar, tem condições de se preocupar com mosquitinho nadando numa tampinha de refrigerante?
- Até quando conviveremos medidas “tipo assim” no combate à dengue?
Com a palavra...

Ps.: foto emprestada de site do
Governo do Maranhão.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

SEJA FEITA A BIENAL DA NOSSA VONTADE

Leio no site do ESTADAO que picharam uma parte do prédio da Bienal de São Paulo. Vi, pelos telejornais, uma guria sendo presa enquanto gritava que é uma artista. Em tempos de Paulo Coelho na Academia Brasileira de Letras e Arnaldo Jabouru cronicando, até pode ser. Tudo é tudo e nada é nada, com diria o Síndico.
Cada um, por mais ou menos míope que seja, tem sua visão de mundo. A minha me leva a crer, entre outras poucas crenças, que uma cidade sempre está da maneira que gostamos que ela esteja. Por mais limpa e arrumada ou suja e bagunçada que esteja.
A invasão pichadora à BIENAL de São Paulo tem tudo a ver com a maneira pela qual os paulistanos gostam de sua cidade. A primeira vez que passei pela Marginal do Rio Tietê foi em 67, se não me engano. De lá pra cá, seu aroma característico só tem se acentuado e sua massa pseudolíquida cada vez é mais pastosa. Neste 26/10/2008, talvez a Bienal tenha começado a tomar o mesmo destino do Tietê, que já foi rio. Aliás, não faz muito tempo que o
MASP ficou fechado por falta de pagamento da energia elétrica. Assim, como desejam os paulistanos, a parede da Bienal é apenas mais um muro qualquer. Afinal, há mesmo diferença entre ela e as paredes de dos prédios devidamente decorados pela moçada do spray?
Dizem por aí que se cada um limpar sua casa e sua calçada toda a cidade será limpa. Porém, antes de iniciarmos as vassouradas, sempre projetamos a cidade que queremos.
Que Florianópolis queremos?
Com a palavra...


Ps.: por increça que parível (com diz alguém lá de Cosmo), para alguns pedagogos e secretários de educação, a frase pichada não impediria que o piloto do spray fosse promovido à série letiva subseqüente; sobre este milagre educacional, sugiro a leitura do artigo
PROGRESSÃO CONTINUADA OU PROMOÇÃO AUTOMÁTICA? , de Angélica Lourenço Pinto.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

ESTA BANDA NÃO É MOLE!


PEDÁGIO DO BRINQUEDO 2008

É a campanha que a RBS TV, apoiada na solidariedade da comunidade catarinense, está desenvolvendo com o objetivo de arrecadar brinquedos que serão distribuídos no Natal. A campanha iniciou-se em 25 de outubro e vai até 10 de dezembro e ocorrerá em todo o Estado. A meta é conseguir 200.000 brinquedos, sendo 60.000 na Região Metropolitana. O destino das doações são as crianças carentes atendidas através dos Centros Educacionais Infantis, cadastrados nas Secretarias Municipais de Educação de SC. Postos de coleta na Região Metropolitana: CDL (Clube dos Dirigentes Lojistas), Corpo de Bombeiros, Rádio Grupo Litoral PX, Uni-Yôga, Jornal Diário Catarinense, RBS TV Florianópolis e São José. Há muitas crianças esperando ganhar um presentinho nesse Natal. Participe!

BRINQUEDO PARADO NÃO TEM GRAÇA. DÊ UMA NOVA VIDA A ELE!

Melhores informações: campanhas@rbstv.com.br

terça-feira, 28 de outubro de 2008

ANARQUIA NÃO É BAGUNÇA!


Este video, produção da ELETRONS BEAN RECORDS, trata da caminhada anarcológica ocorrida no dia 04 de outubro, véspera das eleições municipais de Maringá-PR. Também poderia ser aqui ou acolá.

BOA SORTE, PREFEITO!


Enfim, encerrou-se a fase de votação do processo eleitoral. Este dura enquanto houver a chamada democracia representativa e a obrigatoriedade, ou possibilidade, do voto. Como é a que temos, o melhor é dela participarmos, cada um segundo suas possibilidades, crenças ou vontades.
Assim como todas as cidades brasileiras, também a nossa terá um novo prefeito. Porque, mesmo que reeleito, como nada se repete (sua benção, Pai Heráclito), enfrentará novos desafios já que a cidade transforma-se a cada dia e as relações de poder, que interferem nos trabalhos do Poder Executivo, também serão outras.
Enquanto moradores da cidade, eleitores ou não, cabe-nos acompanhar o trabalho da administração municipal, colaborando com críticas ou sugestões, pois O PITAQUENTO não acredita que reclamações resolvam problemas.
Vamos lá que, mais do que o Cazuza acreditava, o tempo não pára, atropela.
Boa sorte pra nós todos!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

DE GRÁTIS DOIS: EU NÃO TENHO MEDO


CINEARTH APRESENTA: EU NÃO TENHO MEDO

O filme Eu Não Tenho Medo narra o encontro entre dois garotos de vivências distintas, que conseguem conciliar as diferenças e ajudar um ao outro. Concorreu ao Urso de Ouro no Festival de Berlim e à estatueta de melhor filme estrangeiro no Oscar de 2003. É cinema que ultrapassa o discurso e sensibiliza o coração

Direção: Gabriele Salvatores, ITA/ESP/ING, 2003

Comentadoras: Fátima Lima(Cinema e Cênicas) e Cleudes Slongo(Escola Brasileira de Psicanalista)

LOCAL: Museu da Escola Catarinense (antiga FAED), R. Saldanha Marinho, 196, Centro.
DATA: sábado, 25/10 – 18 h.
Entrada Franca
Apoio: CA de pedagogia e educação infantil -UDESC e MUSEU DA ESCOLA CATARINENSE

DE GRÁTIS UM: ENCONTRO COM MILTON SANTOS

A Associação de Moradores da Praia das Areias – AMPA,
Rádio Campeche e Brigada Mitico, convidam para a exibição de documentário seguido de debate:

ENCONTRO COM MILTON SANTOS:
A GLOBALIZAÇÃO VISTA DO LADO DE CÁ

O filme, dirigido por
Sílvio Tendler, aborda o tema da globalização sob a perspectiva das periferias de cidades, países e continentes, tendo como base uma entrevista feita com o geógrafo Milton Santos, em janeiro de 2001, poucos meses antes de sua morte, ocorrida em junho do mesmo ano.
O estudo da globalização traz à tona questões fundamentais sobre a discussão das fronteiras abertas para o mercado e fechadas para as pessoas, a supremacia das grandes empresas e a influência direta dessas grandes corporações na construção do espaço, espaço este que é desfrutado pelo povo, que tem pouco poder para optar pelo destino deste espaço e lugar. Os levantes culturais e a busca pela justiça social, a reforma agrária no Brasil, a questão da água enquanto bem público pertencente ao lugar e, portanto, ao homem e tantos outros assuntos…

Data: 25 de outubro
Local: AMPA
Hora: 17 horas

Próximo filme: Narradores de Javé / Dia 22/11, às 17 horas, na AMPA

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

BARCA DOS LIVROS - PROGRAMAÇÃO


MAPA DAS LINHAS SUGERIDAS

Aí vai uma tentativa de traçar as linhas de ônibus que sugeri na postagem passada.
Com a palavra...

CONVITE AOS CANDIDATOS A PREFEITO DE FLORIANÓPOLIS


Sou morador da Lagoa, utilizo o transporte coletivo e tenho dificuldades, assim como outras pessoas, em chegar aos locais onde me dirijo. Convido o candidato, seus assessores e simpatizantes a visitarem o blog O PITAQUENTO (
www.pitaquento.blogspot.com ), onde postei uma sugestão de criação de linhas de ônibus, semelhantes às que circundam o Maciço do Morro da Cruz, unindo a Lagoa ao Norte da Ilha e a Lagoa ao Campeche. Serão linhas diferentes das que temos hoje em dia e bem mais abrangentes, na minha opinião.
Por favor, comentem à vontade.
Ats.
Shasça

Ps.: encaminhei este convite aos candidatos
Dário Berguer e Esperidião Amin (em ordem alfabética) através dos seus sites / blogs.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

SUGESTÃO CIRCULATÓRIA


Nem é uma sugestão
sui generis. Apenas uma espécie de cópia do que já existe. Até por isto, muito provavelmente, nem implicará em aumento dos custos constantes da planilha tão discutida quando pr ocasião da quase greve de uns meses atrás. Refiro-me ao movimento reivindicatório dos empregados no sistema de transporte coletivo de Florianópolis.
Vamos lá! Hoje, temos quatro linhas de ônibus que, honrando seu destino, circulam o Maciço do Morro da Cruz: VOLTA AO MORRO CARVOEIRA, VOLTA AO MORRO PANTANAL, subdivididas em SAÍDA SUL e SAÍDA NORTE. Talvez, por pela suas múltiplas possibilidades de percurso, sejam as mais importantes no interior da Ilha de Santa Catarina. Oferecem, por exemplo, 04 alternativas para tomar um ônibus nas proximidades da UFSC com destino ao centro ou, ainda, 04 alternativas para se chegar à Rua Lauro Linhares ou Mauro Ramos.
Pois bem. E se tivéssemos linhas semelhantes dando voltas no espinhaço que separa os lados Leste e Oeste da ilha, sendo:
a) VOLTA À LAGOA NORTE SAÍDA OESTE (ou outro nome), fazendo o trajeto TILAG - TRITI – TISAN – TICAN – Ingleses - Rio Vermelho - Barra da Lagoa - TILAG. Assim como acontece em torno do Maciço da Cruz, uma linha SAÍDA LESTE, fazendo o sentido inverso.
b) VOLTA À LAGOA SUL SAÍDA OESTE, fazendo o trajeto TILAG – CÓRREGO GRANDE – UFSC - PANTANAL - COSTEIRA – TRIRIO – OSNI ORTIGA – TILAG. Da mesma forma uma linha SAÍDA LESTE, fazendo o sentido contrário.
Com veículos minimamente confortáveis e vários horários (inclusive, noturnos), creio que poderiam ser forte incentivo a deixar o carro na garagem e utilizar o transporte coletivo de massa. Principalmente, em tempos de Lei Seca combinada com verão e praia. Além de, claro, facilitar a vida dos que já dependem do sistema, hoje em dia.
Seria a concretização daquele clássico aforismo: TUDO NESTA VIDA É PASSAGEIRO, MENOS O MOTORISTA, O COBRADOR E O FISCAL.
Com a palavra...

domingo, 19 de outubro de 2008

ADRIANA APRESENTA O VENTRE QUE DANÇA


DA IMPENETRABILIDADE DOS CORPOS

Reza o Princípio de Arquimedes, que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo. Ao circularmos por Florianópolis, algo salta aos olhos: a dificuldade de circular em boa parte do dia. Falo da circulação de veículos motorizados ou não e de seus passageiros e/ou condutores. E o que tem a ver isto com aquilo?
Como a construção de um elevado, ou qualquer outro tipo de acesso, pode tornar menos lento o fluxo de veículos na Av. Beiramar, se quase toda sua extensão costuma ficar congestionada, conforme o horário?

Algumas vezes, e pode até ser apenas impressão, a fila compacta de rodas chega a subir o morro da Lagoa e estender-se pelas Rendeiras até à Barra. O que pode acontecer, no máximo, é o tal veículo chegar mais rapidamente ao engarrafamento.
Entre sentadas e em pé (LIVRES DO USO DO CINTO DE SEGURANÇA), um ônibus costuma levar cerca de 100 pessoas. Caso estes confortáveis passageiros pudessem, mais da metade enfrentaria o engarrafamento no próprio automóvel. Seria, no mínimo, o acréscimo de mais 50 automóveis por cada ônibus tentando circular.
Faz parte das propostas dos candidatos à Prefeitura de Florianópolis, além de elevados, a construção de corredor para ônibus na Av. Beiramar. Teríamos uma “rua” só para ônibus, sem semáforos e sem cruzamentos, Claro que esta é a maneira mais rápida de minimizar o problema, pois ao contrário do que acontece hoje em dia, os motoristas solitários sentiriam inveja dos felizes passageiros dos “latões" (carinhoso epíteto cunhado pelo povo) circulando sossegados, curtindo a beleza da Baía Norte.
Então, por que não dar início a esta obra imediatamente, já que não foi levada à execução até hoje? Caso o atual Prefeito vença o segundo turno, iniciaria o segundo mandato com a obra já em construção. Caso o outro candidato fosse vencedor, era só tocar a obra em frente. E todos ganharíamos.
Com a palavra...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

ELEVEMO-NOS!



Quem conhece São Paulo já deve ter desfrutado o prazer de curtir o efeito embelezador do MINHOCÃO, menos conhecido como Elevado Costa e Silva, uma rara jóia do urbanismo nacional.
Considerando os programas eleitorais dos candidatos e suas propostas para a solução da circulação de automóveis pela Ilha (e não, das pessoas), a foto acima nos apresenta uma pré-visão da paisagem que nos espera.
Terá dois efeitos benéficos: num dia de chuva, como o de hoje, oferecerá proteção aos sub-caminhantes; num dia de sol, coisa rara nesta primavera, oferecerá bela sombra. Além do mais, pra quê olhar pro céu?
Já que gostamos tanto de importar soluções, que tal observar melhor os canais de Veneza?
Com a palavra...

Ps.: imagem emprestada de
Thomas Locke Hobbs

CINEMA DE GRÁTIS: OS ESQUECIDOS

CINEARTH APRESENTA:: OS ESQUECIDOS

Lançado em 1950, Os Esquecidos (*Los Olvidados*, no original) é a primeiraobra-prima da fase mexicana do diretor espanhol Luis Buñuel. Rodado no subúrbio da Cidade do México. Nesta película, Buñuel retrata o cotidiano de um grupo de jovens delinqüentes, entre eles Jaibo, recém fugido do reformatório, e Pedro, um garoto rejeitado pela mãe que acaba se envolvendo em um assassinato. O filme é o registro realista de uma população de extrema miséria. Buñuel recebeu prêmio em Cannes, logo depois do lançamento. E, no Festival de 2004, foi restaurado e apresentado com um dos pontos altos da fase do diretor, durante o exílio mexicano, fugindo do ditador Franco, na Espanha.Los Olvidados é considerado uma obra-prima, entre os 19 filmes que Buñuel fez no México. Além de O Cão Andaluz e O Discreto Charme da Burguesia.

Comentadores: Jair Fonseca (Cinema) e Eliete Wolf(psicóloga e educadora)

Quando?!
Dia 18 de outubro – 18 h.
Onde?!
Museu da Escola Catarinense (antiga FAED), R. Saldanha Marinho, 196, Centro.
Quanto?!
De grátis!


Apoio: UDESC e MUSEU DA ESCOLA CATARINENSE
Maiores informações pelo e-mail: sarahnogueiraster@gmail.com

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

DE NOVO, O CINTO

Deu no G1, portal de notícias do http://www.globo.com/ :
Ônibus tomba e fere 27 pessoas na Zona Oeste

“O cinto?! Sinto muito...”
Esta deve ter sido a resposta àqueles vitimados neste, e noutro acidentes envolvendo ônibus, tenham se lembrado da segurança que o cinto da mesma oferece. E, praticamente, nenhum eleito ou eleitor preocupa-se com isto. Nem mesmo quando o próprio, ou algum parente, é uma das vítimas.

No http://www.estradas.com.br/ é possível ler:
“Em março deste ano, o tombamento de um ônibus, deixou 14 mortos e 26 feridos. Apenas o motorista, que usava cinto, saiu ileso. Passageiros foram arremessados para fora do veículo, outros projetados internamente. A carroceria ficou relativamente em boas condições. Provavelmente, se todos estivessem com cinto o número de vítimas seria muito menor.”
Este é um trecho do artigo “
Cinto de segurança no ônibus - Bom negócio para todos”.
Até quando?
Algum jornalista, em algum dos debates envolvendocandidatos a prefeito, lembrar-se-á de colocar esta questão?
Com a palavra...

CINEMA DE GRAÇA: A DIOS MOMO

O CINEARTH apresenta sessão especial de cinema no DIA DOS PROFESSORES:

A DIOS MOMO – 2006 – 108 m - legendas em inglês, áudio em espanhol. Pela segunda vez em Floripa (a primeira foi no FAM/2007)

Filme de Leonardo Ricagni (Uruguay), com Mathias Acuña e Carmem Abella O filme A DIOS MOMO aborda as desventuras do garoto Obdulio (Mathias Acuña), um vendedor de jornais analfabeto que vive com a avó (Carmen Abella), uma beata que passa os dias orando e guardando suas economias para comprar uniformes escolares para suas netas.

Numa noite de carnaval, Obdulio se depara com uma misteriosa figura: um vigia noturno que se tornará seu mentor e lhe abrirá a janela à educação e o guiará em direção ao verdadeiro significado da vida, ensinando-o as letras dos blocos carnavalescos durante o reinado do Deus Momo.Com A DIOS MOMO, Ricagni define com maestria sua notória admiração por Federico Fellini e Emir Kusturica, ao mesclar sonho e realidade. Ao definir um traço para seus personagens, a partir de nomes que têm um poder simbólico muito forte e de uma direção de arte igualmente expressiva, Ricagni constrói criaturas extremamente fantasiosas.

Após o filme, debate com Eliane Lisboa (dramaturga/jornalista) e a escritora Eglê Malheiros.
Quando?! Dia 15 de outubro (Dia do professor e da professora), às 19 horas

Onde?! MUSEU DA ESCOLA, Rua Saldanha Marinho, 196 (antiga FAED)

ENTRADA FRANCA

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

AINDA O VOTO NULO

O objetivo do blog é, mesmo que pretensiosamente, colaborar para a melhoria das nossas condições de vida. Entretanto, como o tema VOTO NULO parece ser o que mais despertou comentários, explicito, basicamente, minha posição: sou contra a obrigatoriedade do voto, porém não concordo com a proposta do voto nulo. Esclareço que, pra mim, não concordar não quer dizer ser contra.
Não concordo pelo simples motivo dele colaborar para a manutenção da situação cujos defensores questionam, qual seja, o atual regime político de representação social.
Sei que muitos não concordam comigo. Isto é bom. A vida só avança por meio das discordâncias: se boa parte de nós mora em casa é porque, em algum momento da História, um desobediente social correu a se esconder nalguma caverna. Não fosse este dito cujo, pedreiros e carpinteiros, entre outros, amargariam triste desemprego.
Portanto, escolham bem seu candidato pois, este é um pitaco seriíssimo que vai durar, no mínimo, 4 anos. E, como dizem lá no interior, chorar o leite derramado só aumenta a água.
Com a palavra...

A HISTÓRIA DAS COISAS

Divido convosco este vídeo bacana e sério que meu irmão Ion apresentou-me.
Invistam um pouquinho do seu tempo e, creiam, vão gostar. Claro que também há os que não vão querer entender e, por isto mesmo, não vão gostar.
Ainda assim, fica a sugestão: discuta a respeito com quem estiver próximo ou distante, seja lá quem for.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

CINEARTH NO MUSEU - MOSTRA OUTRAS INFÂNCIAS

O CINEARTH promove e a entrada é FRANCA!!!

Pierre Morhange (Jacques Perrin) é um famoso maestro que retorna à sua cidade-natal ao saber do falecimento de sua mãe. Lá ele encontra um diário mantido por seu antigo professor de música, Clémente Mathieu (Gérard Jugnot), através do qual passa a relembrar sua própria infância. Mais exatamente a década de 40, quando passou a participar de um coro organizado pelo professor, que terminou por revelar seus dotes musicais. Filme que fala da sensibilidade e do humanismo de um professor de um reformatório no interior da França, que mesmo no contexto de uma pedagogia disciplinadora e estigmatizante, utiliza-se da musica como instrumento de resistência e de humanização o de seus alunos.
Comentadores: Jefferson Dantas (historiador, educador e membro do grupo de Educação do Fórum do Maciço do Morro da Cruz, Florianópolis - SC (UFSC) e Lourival Martins ( Educador), coordenador do Grupo de Educação Infantil UDESC)

FICHA TÉCNICA
Título Original: Les Choristes
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 95 minutos
Direção: Christophe Barratier
Roteiro: Christophe Barratier e Philippe Lopes-Curval
Produção: Arthur Cohn, Nicolas Mauvernay e Jacques Perrin
Música: Bruno Coulais

QUARTA FEIRA, 8 DE OUTUBRO às 18:30 horas.
Auditório do Museu da Escola Catarinense (antiga FAED)
Saldanha Marinho, 196 - Centro

terça-feira, 7 de outubro de 2008

VOTAR NULO É NULIDADE?

Depois do sucedido em Jaci – SP, como fica a tese de que se os votos nulos forem em quantidade maior que os votos válidos a eleição, ou a votação, é anulada?
Agora que teremos segundo turno, pode ser interessante refletir sobre isto. Há quem acredite que toda forma de participar vale a pena. Eu acredito que nada vale a pena porque, para mim, pena é castigo. Castigo é imposição e não vejo como participação estar numa situação imposta.
Enfim, qual será o argumento da CAMPANHA PRÓ-VOTO NULO, a partir deste 05/10/08?
Com a palavra...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

VOTO NULO?!

Terminal Central de Florianópolis. Canteiro-passarela entre as avenidas. Entre vendedores de isto e mais aquilo, bandeiras multicores disputam o eleitor, pano a pano, enquanto distribuidores de “santinhos” desenvolvem seu trabalho de formiguinha, por este ou aquele motivo: a tradicional batalha entre cabos eleitorais.
Lá perto das entradas para as plataformas de onde saem os ônibus, vi, pela primeira vez na vida, um grupo de anti-cabos eleitorais empenhados numa descampanha pelo VOTO NULO. Nenhum destes exibia sinais de serem prejudicados pela propalada “ausência do Estado”. Todos saudáveis e bem vestidos. Inclusive com camisetas personalizadas e pacotes de panfletos.
Nunca imaginei que alguém, ou um grupo, fosse investir seus preciosos tempo & dinheiro num movimento destes. Entendo, pra citar um intelectual famoso, o Carlos Heitor Cony dizer que não vota, mas não compreendo porque ele reclama dos ocupantes de cargos políticos. Quem se cala, voluntariamente, consente e a voto é o momento da fala.
A democrática cena me trouxe algumas questões:
- afirmam que, sendo a quantidade de VOTOS NULOS superior a 50%, a Lei reza que haverá nova eleição, quem garante que os novos candidatos serão os mais adequados?
- a quem interessa o VOTO NULO?
- quem terá bancado os custos com o material (camisetas e folders) desta anticampanha?
No site
QUATRO CANTOS tem uma página interessante sobre o mito do VOTO NULO, incluindo citações de legislações pertinentes. Também o site VOTO CONSCIENTE procura elucidar a questão.
Com a palavra...


Ps.: sou, há muito tempo, favorável à desobrigatoriedade do voto.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

CINEMA, CHÁ & CULTURA

Cinema, Chá & Cultura, promovido pela Fundação Cultural BADESC e Cultura Inglesa de Florianópolis, terá início no dia 3 de outubro (sexta-feira). Trata-se de um projeto a ser desenvolvido por meio de um evento mensal, com exibição de filmes relativos à cultura inglesa e à adaptação de obra literária para o cinema. Além da exibição, no auditório da Fundação BADESC (usando o suporte do DVD), sempre haverá uma conversa sobre o filme, durante a qual os participantes poderão tomar uma xícara de chá (inglês) nas dependências do belo espaço da Fundação BADESC.
A atividade começa às 18 horas e é gratuita e aberta a interessados em cinema, teatro, chá, textos, sabores, conversas...enfim, várias coisas que, em meio a tantas outras, fazem parte do que chamamos de cultura. Para a primeira sessão, foi escolhido o filme Titus (J. Taymor, 1999, falado em inglês com legendas em português), uma adaptação da tragédia Titus Andronicus, de Shakespeare. Como debatedor, o convidado é o Professor Dr. José Ronaldo Faleiro, titular do curso de Artes Cênicas da Universidade do Estado de Santa Catarina e um entusiasta das obras de William Shakespeare e Julie Taymor.
Para os idealizadores da atividade, Professores Anelise Corseuil, Brígida de Miranda, Leon de Paula e Maria Cecília Coelho, será uma oportunidade de assistir a filmes variados e dialogar sobre as relações entre literatura e cinema, principalmente a literatura dramática.Titus foi a estréia no cinema da americana Julie Taymor, que também adaptou o roteiro (ela já havia montado a peça em 1994). Posteriormente Taymor dirigiu Frida e Across The Universe (sobre a música dos Beatles), e atualmente termina A Tempestade. Famosa pela montagem de Rei Leão (na Broadway), a aclamada diretora usou como cenário de seu Shakespeare regiões da Itália e Croácia e escolheu Dante Ferretti para direção de arte e Milena Canonero para figurino (indicado ao Oscar).
Titus é protagonizado por Anthony Hopkins e tem ainda no elenco Jessica Lange (Tamora), Laura Fraser (Lavinia), Harry Lennix (Aaron), Jonathan Myers (Chiron), Matthew Myers (Demétrius), Alan Cumming (Saturnius) e Angus MacFadyen (Lucius), dentre outros. Texto, atuações, cenários, fotografia, figurinos fazem dos 160 minutos de projeção uma interessante experiência estética.


Informações:
Fundação BADESC: Rua Visconde de Ouro Preto, 216 - Florianópolis - 3224-8846 fundacaocultural@badesc.gov.br
Cultura Inglesa: Rua Rafael Bandeira, 335 -Florianópolis- 3224-2696 recepcaofln@culturainglesa-sc.com.br

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

NO CAMINHO DO MIRAMAR

Às vezes, quando caminho pelas ruas de Floripa vem-me uma pergunta: que atributo deve ter um casarão (ou casebre), uma praça ou uma esquina párea que mereça ser tratada como patrimônio histórico-social? A mesma pergunta já me incomodou em outros lugares: Ouro Preto, Salvador, Rio Grande, Campinas, entre outros.
Numa das esquinas da Cons. Mafra, próximo à Prefeitura há-havia um casarão desabando em slow-motion. Depois de muitas reclamações, desde o risco de cair em cima de alguém até a acusação de servir de moradia para desocupados e outros marginalizados, embrulharam-no num tapume. Como de um casulo sai uma borboleta, provavelmente, dali surgirá um belo gaveteiro de luxo. Lamentavelmente, não é caso único. Eiras e beiras continuam transformando-se em harmônica plantação de cômodas, destino de quase todas as cidades que crescem.
Não se trata, aqui, de responsabilizar esta ou aquela administração. O casarão da Cons. Mafra está neste processo de desmanche memorial de há muito tempo. Isto, claro, se já não estiver no chão de vez, pois faz algum tempo que não passo por lá. Aliás, torço para que tenha sido restaurado. A questão continua sendo: o que é preciso para que estes imóveis sejam vistos como documentos vivos da cidade, merecedores de carinho e atenção dos seus habitantes? Até quando o
Miramar será transformado naquele canteiro de colunas tristes? Até quando o Senadinho será transformado em Sei-lá-o-quê?

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

ARBORIZAÇÃO URBANA


Dentre outros, há um item do qual uma cidade que se pretende moderna não pode prescindir: arborização urbana; mesmo que situada em meio a mangues, restingas e morros cobertos por matas.
Uma cidade com praças, parques e calçadas ornamentadas por árvores adequadas plantadas em locais adequados é um concreto sinal de que seus habitantes desfrutam de excelente qualidade de vida. Porque
ARBORIZAÇÃO URBANA não é sair espetando graveto ou areca-bambu, a torto e a direito.
Acredito que qualquer um dos candidatos a prefeito ou vereador tem, considerando seus estilos e compromissos, intenção de tornar ainda melhor a vida em nossa cidade. Porém, e até pode ser falha deste que vos tecla, não tenho visto ou ouvido nenhum deles tocar neste assunto.
Com a palavra...

Ps.: imagem “emprestada” de
SINTROPIA

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O CINTO? SINTO MUITO...

Assim como outros participantes da Chat da CBN-Fkorianópolis (24/09/08), durante o programa apresentado por Mário Motta, vários ouvinternautas manifestaram-se a respeito do uso de cinto de segurança pelos passageiros dos ônibus urbanos. A parte do Chat que trata desta questão está aqui postada como comentário.
Murilo Jr. Levanta, com muita propriedade, a condição dos trabalhadores na coleta de lixo urbano que passam boa parte do trajeto pendurados na carroceria dos caminhões.
Embora o blog vá tratar de outras questões urbanísticas, é necessário um pouco mais de dedicação à desobrigatoriedade do uso cinto, o que, na prática, significa que não é um acessório imprescindível à segurança de, por exemplo, passageiros e trabalhadores na coleta de lixo.
Qual será a opinião do sindicato dos condutores, do sindicatos dos proprietários dos ônibus, do Ministério Público, da COMCAP, dos vereadores, do Prefeito e dos candidatos?
Que tal perguntar aos candidatos o que pensam a respeito?

Ps.: imagem “emprestada do site PANÓPTICO.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O CINTO É PARA A SEGURANÇA?

Está no CÓDIGO NACIONAL DE TRÂNSITO, instituído pela Lei nº 9.503, de 23/09/97:
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
Entretanto, temos também este artigo:
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica do CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao transporte de passageiros em percursos em que seja permitido viajar em pé;

Vejam o que recomenda o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina quando trata do uso do
CINTO DE SEGURANÇA no seu site.
A meu ver, usuário de ônibus urbano, muitas vezes em pé, cabe uma questão: afinal, qual a razão da obrigatoriedade do uso do cinto de segurança?
O Código reza que seu uso é obrigatório. Não é como, por exemplo, o triângulo cuja existência é obrigatória no veículo: seu uso não é obrigatório a não ser que surja circunstância em que se torne necessário. Ora, se a obrigatoriedade do cinto destina-se a oferecer segurança a passageiros e condutores, por que os ônibus urbanos são dispensados disso? Por que podem transportar passageiros em pé? A lógica é: já que é permitido pessoas viajando em pé, agarradas aos ferros destas modernas galés motorizadas, todos os passageiros podem curtir curvas, ladeiras e freadas soltinhos da silva? Então, na mesma avenida onde o passageiro de automóvel, até mesmo no banco de trás, é obrigado a usar o cinto, podem circular milhares de super-homens, supermulheres, supercrianças e superidosos dispensados do artefato imprescindível à segurança? Serão indestrutíveis? E quando o ônibus trafega por rodovias federais e estaduais é ou não importante a segurança de passageiros?
Enfim, como estamos em vias de escolher nossos futuros representantes nos Poderes Executivo e Legislativo Municipais, quais entre os candidatos se dispõem a, realmente, nos oferecer segurança no trânsito, de verdade? Quem nos salvará das galés?
Que tal, para começar, os candidatos organizarem onibusatas ao invés de carreatas? Creio que, assim, aproximar-se-iam, de fato, da população a quem tanto prometem defender e cuidar.
Com a palavra...

APRESENTAÇÃO

Porque dizem a toda hora que estamos numa democracia, Pitaquemos!
O momento, no calor de uma campanha eleitoral (porque campanha política é a vida toda), me pareceu propício ao parto deste cyberespaço destinado a sugestões e comentários em relação ao que queremos dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo.
Como sabem, dar pitaco não é falar mal nem torcer contra. É palpitar, meter a colher (inclusive onde não somos chamados ou solicitados). Enfim, como pra entendedor um punhado de palavras basta, eis o PITAQUENTO.
Por aqui, pretensiosamente que o seja, vamos apontar problemas que identificamos e sugerir possibilidades de solução. Da mesma forma, os visitantes sintam-se à vontade para cometer o mesmo, ou seja, dar seus PITACOS. E, claro, comentar os PITACOS postados.
Por ser um blog propositivo, comentários e/ou postagens que não estejam nesta linha, serão deletados, sem dó nem piedade. No mais puro espírito libertário não cabem, aqui, ofensas e ataques pessoais. A proposta é contribuir para que nosso viver torne-se ainda melhor.