sexta-feira, 26 de junho de 2009

JORNALISMO E DIPLOMA


Acredito piamente na importância do curso de Jornalismo, e não creio que o fim da obrigatoriedade do diploma redunde na extinção da profissão ou do referido curso. Até porque tenho plena certeza de que um bom curso de Jornalismo propicia o aprendizado de conteúdos não disponíveis em outros cursos. Entretanto, cada vez mais, a variedade de temas e de possibilidades de tratamento dos mesmos nos meios de comunicação, sejam físicos ou virtuais, abrem espaço para outras áreas do conhecimento. E isto é inexorável.
Sem querer invadir a cozinha de ninguém, tento comparações menos culinárias. Um economista pode ser um bom administrador de hospital sem ter nunca dissecado um indigente, assim como um médico pode escrever uma coluna sobre saúde ou mesmo crônicas que não sejam bronquites. Um bom veículo de informação, para se aproximar da completude, precisa ter em seus quadros conhecedores ou interessados nas várias áreas do conhecimento.
Há um samba (se brega em sua época, hoje seria um clássico, considerando o que toca na maioria das emissoras de rádio) do
Benito di Paula que diz:
"Seria muito bomSeria muito legalSe cantor ou compositorPudesse ser ator ou jogador de futebol
(...)"
O sugestivo título é
Assobiar Ou Chupar Cana.
E a vida segue: cantor vira modelo, modelo vira ator, ator vira cantor... A sobrevivência na função dependerá da competência ou do QI (aquele famigerado Quem Indica).
Enfim,
Paulo Vanzolini, zoólogo compôs "Ronda". Como a tal da MPB poderia prescindir deste cabôco?

{8¬)

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